Se afogando. Sufocando sem aparente salvação. E bebia, bebia, por entre pêlos molhados. Para. Pera. Preciso respirar um pouco. Olha além das coxas. Vê mais negros pêlos. Ela brilha, em suor e lua.
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Escorrega dentro. Lambe, beija, chupa a fruta. Queria se mesclar ao mar de carne. Sentir ainda mais próximo suas ondas.. Como se fossem suas. Não. Não para. Não para não sim sim. Os sons lhe dão mais desejo.
Sorve flores, devora cores, sente o seu arrepio quando lhe navega a nuca com as unhas, se dobrando para lhe catar cada gosto com a boca, sem deixar de lhe sentir o calor e desejo, do sul de seus corpos.
Gemidos, gritos. Quais sextante, o guiam, na noite sem estrelas, em que a única coisa no céu que ele enxerga é gente, até não ver mais. Cansado de cansar. Para, não aguento mais. Treme. Desembarca.
Aí. Vou dormir. Ela diz, indo tomar banho. Se afastando, com sorriso que ele não vê, mas jura que sente.
O suor, secando. Arfa. Nos olhos fechados, a luz o torpedeia. Levanta, querendo mais. Quem tem sono? Espera e toma seu banho. Só . Finda a ilusão de fusão. Sente ainda seu gosto na boca que se desfaz na chuva do box.
Deita em outra cama, aos pés da dela. Não demora, o trovão baixo de seus roncos, tempesteia o silêncio da noite. Solitário. Todos morremos sós. Longe da carne que incendeia, para lá da fantasia de união. Hermita enorme, encolhido entre travesseiros e lençóis.
Gatos passeiam pelo oceano desfeito. Ronronam alto, junto ao seu ouvido. Ignora seu roçar, se escondendo de si, fugindo do desejo de não ser. Onde ele está? Onde irá? Que seremos? Como ondas, as dúvidas o procuram como farol, quebrando nele, ele, partindo, parindo, infinitas.
Ele dorme. Se afogando. Sufocando sem aparente salvação.
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